CONSAGRAÇÃO DO CAMPEÃO

F.C. Porto-V. Guimarães, 3-1

O F.C. Porto venceu o V. Guimarães por 3-1 e celebrou da melhor forma a conquista do 21º título do seu historial. A um ambiente intenso, arrebatador e de imensa cor, os Campeões Nacionais corresponderam com uma boa exibição que levou os adeptos à mais do que merecida consagração.

O encontro colocava frente a frente duas equipas em posições completamente díspares na classificação. A posição dramática do V. Guimarães no campeonato contrastava com o lugar de um F.C. Porto que, perante os seus adeptos, se consagrava como Campeão Nacional.

A primeira parte foi de festa, o ambiente intenso que se viveu no Dragão foi talvez um dos principais ingredientes de um jogo que se repartia pela vontade que os dois conjuntos tinham em vencer.

O melhor momento deste primeiro tempo pertenceu a Lucho que, aos 26 minutos e no seguimento de uma boa combinação, podia ter inaugurado o marcador. Nos segundos 45 minutos, os Dragões dominaram, a chama subiu de tom e os adeptos do F.C. Porto tiveram oportunidades que chegasse para festejar muitos golos. Porém, a sorte quis que os azuis e brancos celebrassem primeiro sobre a forma de um penalty que castigava uma falta de Nilson sobre Jorginho.

Ao minuto 58, Lucho Gonzalez num misto de frieza e serenidade levou as bancadas do palco portista ao rubro. A bola saiu rasteira, numa direcção que enganou por completo o guardião vimaranense. A partir deste momento, o V. Guimarães parecia perdido na avalanche do Campeão, que teve de seguida nos pés de Quaresma e Alan a decisão do desafio.

A equipa de Vítor Pontes ainda respirou, o entrado Antchouet, no seguimento de contra-ataque, conseguiu igualar, mas Lucho não permitiu que os adeptos do F.C. Porto saíssem do estádio com um empate.

Ao minuto 88, McCarthy rematou, Nilson não segurou e o inevitável médio argentino deu o mote para a festa que seria ainda retocada por Adriano.

Tanto Porto!

Os minutos que antecederam o F.C. Porto-V. Guimarães foram verdadeiramente inesquecíveis. O Estádio do Dragão encheu para festejar o 21º título nacional e os espectadores mostraram-se efusivos nas celebrações. Ainda antes das emoções do futebol, o recinto esteve em ebulição constante, com picos de euforia nos momentos musicais oferecidos pela estreia de um novo CD azul e branco. «Tanto Porto!»

Os novos sons portistas foram concebidos por Carlos Tê e Luís Jardim, campeões, tal como o F.C. Porto, nas suas actividades, na composição e na produção musical. Este domingo, coube a Luís Jardim apresentar as novas melodias. Vestido a rigor, com camisola azul e branca personalizada, o produtor anunciou os artistas que participaram no disco (Ricardo Oliveira, Nuno Norte, Kalu, Diana Silveira, Isabel Silvestre e Maria Amélia Canossa) e tocou viola baixo, contribuindo para uma tremenda animação.

«O Porto está na rua», «Ninguém fica calado», «Um pouco mais de azul» e «Um dia perfeito para ganhar» exibiram uma pujança capaz de cativar os portistas e saltar de boca em boca. O novo CD inclui ainda duas novas versões do hino do F.C. Porto. Uma deles, interpretada à capella por Isabel Silvestre, recorda um dos instantes mais mágicos da inauguração do Estádio do Dragão e, por isso, arrancou um dos maiores aplausos da tarde, num momento de arrepiar Nuno Norte agarrou muito bem para cantar a versão rock do poema que Maria Amélia Canossa fez famoso.

Ricardo Oliveira e Nuno Norte voltaram a subir ao palco já bem perto do apito inicial do desafio, o primeiro para interpretar novamente «O Porto está na rua», o segundo para dar a conhecer um outro tema que promete encantar os portistas: «Porto faz o meu dia». Já com o Estádio do Dragão lotado, a voz agressiva de Nuno Norte soltou sentimentos fortíssimos.

O concerto azul e branco que precedeu o jogo fechou com Maria Amélia Canossa a cantar a versão remasterizada do hino do F.C. Porto em pleno relvado. Com um mar de cachecóis a ondular nas bancadas e 50 mil vozes triunfantes, alcançou-se um quadro perfeito, um cenário de imenso Porto!

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